Aos meus 12 anos de idade, minha mãe, sem querer, iniciou em minha mente uma preparação que ela não imaginava que faria toda a diferença em minha vida: ao receber pelo correio uma propaganda de um curso de Noções Básicas de Serviços de Escritório do SESI, a qual prometia ensinar a preencher cheques, recibos e promissórias utilizando a máquina de escrever, ela pensou “Vou inscrever meu filho”.
Acredito que naquele momento algumas coisas se passavam na cabeça dela. Meu pai era analfabeto, mal sabia escrever o próprio nome e soletrar palavras, mas para fazer contas, ele era melhor que meu professor de Matemática. Ler e escrever, no entanto, não era com ele. Ela, por sua vez, tinha cursado apenas até a 5ª série, então queria que eu me desenvolvesse, eis lá fui eu para o meu primeiro curso, aos 12 anos.
Acho interessante relembrar isso pois quando contei para minha mãe que iria para os EUA fazer um treinamento com Tony Robbins, ela me questionou se eu não pararia mais de fazer cursos e treinamentos, adicionando que ela não sabia de onde eu tirava toda essa vontade de realizar treinamentos e cursos. Foi neste momento que fui pesquisar quando realizei o primeiro, e ao me deparar com o certificado fui conversar com ela, uma vez que não me lembrava o motivo pelo qual tinha ido fazer este curso, no que ela aproveitou para me refrescar a memória com essa história que contei acima.
A busca pelo conhecimento deve ser constante, sendo incentivada desde cedo pelos pais, para que os filhos tomem gosto por este hábito. Só assim, ao crescer, é que eles vão querer estar buscando o aprendizado constante e isso vai fazer com que os mesmos não percam oportunidades na vida. Muitas vezes, perdemos oportunidades por não sabermos inglês, por não termos adquirido conhecimento técnico ou ainda por não termos alguma outra qualificação específica, mas como já diria meu pai, “O conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar de nós”.