- Dione Oliveira
Queime seus navios

Você já ouviu uma dessas expressões?
“Queime as naus”
“Queime seus navios”
“Queime a ponte"
Elas tem um significado especial, que vou compartilhar hoje contigo.
A história se passa em um ambiente em guerra.
O general Agátocles, de Siracusa, tinha uma missão praticamente impossível: invadir Cartago.
Cartago, como você pode ver na imagem, era uma fortaleza marítima, que tinha apenas um acesso. Ou seja, para invadi-la precisaria muito mais do que bons soldados - precisaria de estratégia.
Muitos generais tentaram transpor as barreiras de Cartago, e falharam. A reputação da cidade como impossível de ser conquistada só crescia, enquanto o medo dos inimigos crescia também.
O general de Siracusa sabia que, para conseguir vencer uma batalha “impossível”, ele precisaria fazer algo diferente do que os demais tentaram.
Ele sabia que o pior inimigo não eram os arqueiros, nem os guerreiros armados até os dentes. Tinha outra coisa que tomava conta de quem tentava invadir Cartago: a dúvida.
Foi então que teve a ideia que mudou o rumo a história.
Ao desembarcar com todos seus soldados na Baía da Cartago, reuniu seus imediatos e capitães e ordenou:
"- Queimem os navios!” - e assim foi feito, queimando as suas embarcações, e não as do inimigo.
Um a um, os navios de Siracusa foram sendo envolvidos pelas chamas e se destruindo. Ao mesmo tempo, a esperança de retorno para casa dos soldados também.
Nesse momento o exército de Siracusa entendeu: Só existia um caminho - o da vitória. Ou eles venciam a batalha contra Cartago, ou seriam derrotados na Baía, sem ter um meio de fuga.
Os soldados marcharam, lutaram e, pela primeira vez na História, um exército tomou Cartago.
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Entendo que na nossa vida profissional temos que agir assim. Jamais deixar a dúvida nos fazer ficar em cima do muro.
Quando temos uma situação difícil para decidir, paramos para refletir, e ponderar os prós e os contras. Depois disso, tomamos uma decisão. Nessa hora, temos que "queimar os navios”, e jamais voltar atrás. Se a dúvida tomar conta, podemos ser pressionados contra o mar, tentando entrar em nossos navios e fugir.
Outras vezes começamos um projeto, entramos numa nova empreitada, fazemos uma mudança forte em nossa vida pessoal e ficamos pensando no passado. Ficamos sempre com a dúvida se deveríamos ou não ter feito o que fizemos ou tomado a decisão que tomamos. Estamos sempre com um pé no cais e um pé no navio. Será que não vale a pena recuar? Não terá sido uma loucura esta decisão?
Nessas horas, lembre de Agátocles e seus soldados de Siracusa. Caminhe, siga em frente, acredite, lute, vença.
Maravilhoso dia para você,
Dione de Oliveira
Ajudando empresários a terem duas vezes mais lucros em seus negócios.
Empresário e Mentor de negócios.
Sozinhos vamos mais rápido. Juntos vamos mais longe.
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Observação: muito cuidado para não interpretar "queimar os navio" de outra forma. Já ouvi de algumas pessoas que seria um sinônimo para "abandonar minha história", deixando o seu passado para trás, seus valores, suas referências e sentimentos. CUIDADO! Nunca sacrifique seus valores em nome da vitória. Sua família, suas origens, sua experiência, moldam quem você é. Um ato de coragem - "queimar os navios" - tem que ser feito de acordo com quem você realmente é.